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Por que não devemos ter medo das tecnologias do futuro?

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Vejo em muitos jornais e sites matérias que fazem a tecnologia parecer uma verdadeira vilã no que diz respeito ao seu uso em atividades que há pouco eram exclusivamente humanas, como análise de papelada ou execução de atividades repetitivas e operacionais. Algumas pessoas parecem se sentir ameaçadas com esses avanços, e penso que isso é fruto de previsões equivocadas de uma sociedade que ainda não compreende o real propósito por trás dessas invenções.

Então, já que a internet é o melhor lugar para dar sua opinião sem medo de ser feliz, aqui vai a minha: Não acho que precisamos temer o avanço tecnológico; que pessoas irão perder seus empregos ou que vamos acordar um dia e um robô ou uma supermáquina vai nos dominar por ser mais inteligente, fria e calculista.  O que eu acho é justamente o oposto.

Para ilustrar melhor minha opinião vou contar um caso. Em fevereiro de 1997, Garry Kasparov, um dos maiores jogadores de xadrez da história e então campeão mundial, participara de seis partidas contra o computador Deep Blue da IBM, programado para ser especialista no jogo. Como é de se esperar a disputa foi intensa, mas de uma certa forma equivalente entre as partes. Apenas na última partida a máquina conseguiu desempatar o placar a seu favor. Xeque-mate.

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Garry, claro, ficou frustrado e até cogitou a interferência humana entre jogos para garantir a vitória da inteligência artificial do Deep Blue. Mas recentemente ele adotou, em seu TED, um posicionamento diferente sobre aquela situação, dizendo que a parceria entre homem e máquina como algo que deve ser incentivado para remover barreiras e dúvidas da nossa vida e agregar potenciais maiores aos nossos sonhos. Afinal, toda e qualquer inovação tecnológica tem como origem a inteligência humana. Nas palavras de Garry: “Não foi o Deep Blue que venceu o jogo, foram seus criadores”.

No xadrez, desde 1998, existe uma modalidade que combina o cálculo da máquina com a estratégia humana, chamada Xadrez Centauro. Criada pelo próprio Kasparov, esse modelo de partida permite acesso às sugestões de um dispositivo de inteligência artificial durante a partida, mas fica a cargo do jogador escolher segui-las ou não. Assim como quando usamos o Waze para ir até a um lugar, mas temos uma leve noção de qual itinerário seguir até certo ponto.

Em 2014, em um campeonato de jogadores centauros contra dispositivos de inteligência artificial, os vencedores foram os centauros com 53 partidas a 42. Preciso dizer mais alguma coisa?

Mas esse não é um texto sobre como o xadrez evoluiu ao longo dos anos. E sim sobre como a evolução da tecnologia está diretamente ligada à evolução do homem. Assim como Garry, pessoas irão mudar sua rotina de trabalho, governos terão de reestruturar seu sistema de ensino, médicos terão de se adaptar às novas ferramentas tecnológicas disponíveis para melhorarem seu desempenho. Eu consigo ver o lado bom dessa mudança: duas inteligências, humana e artificial, coexistindo em prol da sociedade.

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E essa mudança não pode ser freada pelo medo do desconhecido, na verdade, o desconhecido deve ser a motivação da mudança segundo Kasparov: “Não devemos nos preocupar com o que nossas máquinas são capazes de fazer, mas sim com o que elas ainda não são”. Então, se ele que foi derrotado por um computador aceitou a tecnologia como sua aliada, eu é que não vou contribuir com mais barreiras nessa transição. Na minha humilde opinião, fazer da computação, da inteligência artificial e da tecnologia um catalisador de competências é a estratégia mais inteligente para os próximos anos.

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