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IBM Bluehack conta com desafio da ONU para combater o tráfico de pessoas

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Copersucar, Grupo Fleury, Asbrad e Ministério da Justiça também participaram da maratona de programação da IBM, com 30 horas de duração e foco em pautas sociais

Em sua sexta edição no Brasil, o IBM Bluehack reuniu mais de 230 participantes em torno de um único objetivo: utilizar a TI para resolver grandes problemas da sociedade e melhorar a vida das pessoas, tudo em uma maratona de programação com 30 horas de duração. Desta vez, a competição foi realizada dentro do IBM Cloud Discovery, entre os dias 8 e 9 de outubro, e teve como um dos grandes vencedores um projeto que mostra na prática como a tecnologia é capaz de ajudar no combate ao tráfico de pessoas.

Na visão de Henrique von Atzingen, Líder do IBM ThinkLab no Brasil, aliar o Bluehack ao evento de cloud foi uma espécie de evolução natural do programa de inovação aberto da empresa. “Faz total sentido, porque o Cloud Discovery apresenta aos desenvolvedores as novas tecnologias que temos disponíveis na nuvem e eles podem aplicá-las na hora para tentar resolver desafios reais propostos pelos nossos clientes”, analisou Hvon, como é conhecido pela comunidade de devs.

Hvon foi o mestre de cerimônias do primeiro dia de Bluehack.

Além de um amplo espaço para que as equipes pudessem circular, trocar ideias e receber suporte dos mais de 50 mentores presentes no local, a área dedicada à hackaton contou ainda com com puffs, máquinas de pinball, mesas de jogos, pizzas e muito café – os ingredientes necessários para estimular a criatividade de programadores, designers e empreendedores, e permitir que eles conseguissem levar seus projetos madrugada a dentro. Complementando a experiência, dois palcos se revezaram oferecendo workshops e mais informações a respeito da maratona.

Tecnologia a favor das pessoas

Ao todo, o Bluehack ofereceu três desafios focados em pautas sociais e, durante o primeiro dia de competição, os representantes de cada parceiro puderam explicar melhor o que esperavam da interação com o público. A Copersucar, por exemplo, recorreu aos desenvolvedores para prever, mapear e influenciar o comportamento dos usuários de combustíveis, tendo como objetivo promover um consumo mais consciente e sustentável de recursos. “O Brasil tem metas bastante agressivas para reduzir o uso de combustíveis fósseis e o etanol é um grande diferencial e aliado nessa jornada”, disse Dalbi Arruda, CIO da empresa.

O Grupo Fleury, por sua vez, trouxe aos devs a oportunidade de melhorar a experiência de quem precisa agendar e realizar exames médicos no seu dia a dia. Para Gustavo Meirelles, Gestor Médico da companhia, a busca por inovação em um ambiente como o do Bluehack é algo que faz bastante sentido, tanto para os negócios quanto para os pacientes. “Estamos em um processo de transformação digital da jornada do paciente. Por isso, viemos aqui para desenvolver novos caminhos utilizando a tecnologia, mas sem deixar de lado o fator humano”, afirmou o radiologista

Por fim, ao lado de IBM, Ministério da Justiça e Asbrad (Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude), o desafio apresentado pela GLO.ACT (Ação Global Contra o Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes) quis descobrir como a TI pode auxiliar no combate ao tráfico de pessoas e no amparo às suas vítimas. A GLO.ACT é uma inciativa conjunta da ONU, por meio da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com OIM (Organização Internacional de Migração) e Unicef. A organização estima que, globalmente, mais de 2 milhões de pessoas sejam vítimas desse tipo de crime a cada ano – 3 mil delas apenas no Brasil –, a maioria (71%) meninas e mulheres.

“Enquanto estamos aqui, há pessoas sofrendo e sem conseguir escapar dessa situação. Precisamos trabalhar para resolver esse problema, sermos lembrados pelo que deixamos à sociedade”, comentou Graziella do Ó Rocha, consultora da Asbrad, em sua apresentação ao público, deixando clara a importância do tema.

Desafios como os propostos para essa sexta edição do Bluehack são apenas algumas das iniciativas da IBM voltadas para cidadania e direitos humanos. “A área de Cidadania entende um problema e o conecta com IBMistas do Brasil e de outras partes do mundo capazes de colaborar com conhecimento, habilidades e soluções tecnológicas”, explicou Juliana Nobre, Gerente de Cidadania Corporativa da IBM Brasil. Projetos de educação, saúde e resiliência, no qual se posiciona o enfrentamento à exploração sexual e ao trabalho análogo ao escravo, estão dentro desse guarda-chuva.

Maratona de programação teve ambiente descontraído e colaborativo. (Foto: Pedro Pavanato)

Ideias vencedoras

Enquanto nas primeiras 24 horas de evento os participantes colocaram a mão na massa para utilizar os recursos da IBM Cloud – de APIs de Blockchain até o uso das funcionalidades do Watson – e desenvolver suas ideias, a tarde do segundo dia trouxe outro desafio: a sessão de pitches ao painel de jurados. Cada um dos 30 grupos teve 3 minutos para apresentar de forma rápida e clara seu projeto a uma banca composta por representantes de ONU, IBM, Ministério da Justiça, ASBRAD, Grupo Fleury e Copersucar. O objetivo? Conquistar o interesse – e o coração – dos juízes.

Com todas as apresentações concluídas, o corpo de jurados chegou ao veredito final a respeito de cada um dos temas propostos para o Bluehack. Os três grupos vencedores, então, foram anunciados pela equipe do Jovem Nerd no palco principal do IBM Cloud Discovery, encerrando o evento em grande estilo. Confira os projetos ganhadores:

  • Grupo Etanóis (Copersucar): o time utilizou as ferramentas da IBM Cloud para criar o Etanol+, um aplicativo que gamifica a experiência de encher o tanque do carro para sensibilizar o consumidor. A ideia é que, cada vez que abastecer seu veículo com etanol, o usuário ganhe pontos que podem ser trocados futuramente por benefícios. Tudo é feito automaticamente pelo app, bastando fotografar a nota fiscal da compra para a economia de CO2 seja convertida em moedas virtuais.
  • Grupo Pegasus (Grupo Fleury): o objetivo da , um chatbot cognitivo que conta com toda a inteligência do IBM Watson, é ajudar de forma prática os clientes do Grupo Fleury que não estão tão acostumados com a tecnologia. Graças ao uso de APIs de inteligência artificial e linguagem natural, o simpático bot consegue entender as dúvidas do paciente e guiá-lo por toda sua jornada digital.
  • Grupo GalaxyWare (ONU/Asbrad): com um desafio e tanto pela frente, os membros da equipe se colocaram no lugar de possíveis alvos do tráfico de pessoas para desenvolver o TrafFuture. A plataforma simula uma entrevista de emprego aparentemente comum para então, ao final da experiência, revelar os perigos que a conversa maliciosa poderia trazer. A iniciativa mistura educação e conscientização para trazer a conversa a respeito desse problema para perto dos jovens.

Grupo GalaxyWare e representantes do desafio contra o tráfico de pessoas. (Foto: Pedro Pavanato)

Vale notar que muitos dos projetos apresentados durante o Bluehack, inclusive o desenvolvido pela equipe vencedora do desafio da ONU, partiram não de desenvolvedores veteranos, mas sim iniciantes nesse tipo de competição. “Tivemos muitos estudantes que vieram do interior de São Paulo para o evento e que nunca tinham participado de uma maratona dessas. Em geral, esses eventos contam com muitos ‘profissionais’ de hackaton, que já chegam com ideias e códigos prontos. Nesta edição, houve muita gente partindo do zero e mostrando que, sim, é possível criar soluções para problemas complexos da noite para o dia”, finalizou Hvon.

Matéria veiculada pelo jornal Hora 1, dia 11/10/2018.

Sobre a IBM

A IBM é uma companhia de soluções cognitivas na nuvem com o propósito de desenvolver e aplicar tecnologias em favor do progresso das empresas e da sociedade. Há 101 anos no Brasil, a IBM ajuda clientes a tomarem melhores decisões e a se tornarem mais competitivos em seus mercados de atuação.

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