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Turbinando a transformação digital com nuvens distribuídas – Parte 1

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A estratégia passa pela escolha do modelo de nuvem que melhor suporta a realidade do negócio e sua perspectiva de futuro.

Sempre que inicio uma conversa sobre jornada à nuvem, torna-se inevitável falar sobre a arquitetura mais adequada para a realidade do negócio. Nesta primeira parte do artigo, faremos uma breve revisão sobre as abordagens mais comuns de computação em nuvem:

Nuvem única: o que é da nuvem, é da nuvem

Muitas empresas que deram início à sua jornada para a nuvem, ou mesmo aquelas cujo negócio surgiu numa nuvem, têm ou tiveram sua primeira abordagem definida como uma abordagem de nuvem única. Os colaboradores tinham ou desenvolveram skills na tecnologia de um determinado provedor e as cargas foram subindo. Normalmente, aplicações menos sensíveis em relação a risco aos negócios, sistemas satélites e independentes do core da empresa (com exceção, logicamente, das startups).

O modelo traz alguns benefícios:

  • Capacitação de todos em uma única plataforma;
  • Um único contrato para negociar e gerenciar;
  • Se o workload é da nuvem, ele só existe lá.

E algumas desvantagens:

  • Ponto único de falha em relação ao fornecedor;
  • Risco de lock-in, dependendo dos serviços utilizados e da amarração com o workload;
  • On-premise e nuvem não se complementam, necessariamente.

Nuvem Híbrida: mantenha algumas aplicações on-premises, experimente na nuvem

A adoção de uma abordagem de nuvem híbrida é a escolha se você quer ir para uma arquitetura nativa em nuvem sem abandonar suas aplicações existentes. Ou seja, você mantém aplicações legadas em sua infraestrutura tradicional de TI enquanto aproveita as vantagens da nuvem para experimentar novas aplicações. Um caso de uso simples de nuvem híbrida é expor algumas de suas aplicações de seu ambiente on-premises à nuvem, através de interfaces de programação de aplicação (APIs).

Os principais benefícios do uso de nuvem híbrida incluem:

  • Capacidade de escalar sob demanda;
  • Utilização das tecnologias mais recentes, tal como inteligência artificial (AI) e machine learning;
  • Possibilidade de utilizar a nuvem para modernizar a experiência do usuário enquanto continua executando suas aplicações legadas no ambiente tradicional.

Multicloud: aproveite maior disponibilidade e flexibilidade

Uma abordagem multicloud permite que você espalhe suas aplicações através de vários ambientes de nuvem, utilizando mais de um provedor. 

Imagine que você é um executivo de uma empresa de entregas que precisa escalar sua infraestrutura para um aumento no número de pedidos. Você precisa atingir este objetivo ao mesmo tempo em que garante as seguintes condições:

  • Utilizar nuvem híbrida para executar aplicações on-premises;
  • Tratar a carga adicional de dados através da nuvem;
  • Evitar o efeito lock-in de provedores no desenvolvimento de aplicações;
  • Demonstrar agilidade e acompanhar um ecossistema eu constante evolução.

Por meio de uma abordagem multicloud, você pode acessar múltiplas nuvens e múltiplos datacenters ao redor do mundo, para concluir todas estas atividades. Você ganha em disponibilidade e consegue atingir mais possibilidades do que em uma abordagem de nuvem única.

O modelo multicloud também ajuda a conter o efeito de ‘TI paralela’, ou shadow IT, onde certos colaboradores preferem trabalhar em nuvens diferentes do que as que a empresa utiliza. A ‘TI paralela’ leva a empresa a adotar múltiplas nuvens sem uma orientação vinda da liderança superior. A multicloud permite que você tenha melhor visibilidade e governança sobre a ‘TI paralela’ do que em um modelo simplificado de nuvem híbrida.

Nuvem distribuída: o ‘graal’ da consistência na gestão e operação

O Gartner recentemente publicou um artigo onde diz que a nuvem distribuída conserta o que a nuvem híbrida quebra. Eu diria que ela conserta também o que as abordagens multicloud quebram.

Examinemos o Kubernetes, por exemplo: todos os grandes provedores de nuvem oferecem seus próprios serviços de Kubernetes, mas a tecnologia de base é essencialmente o mesmo projeto de código livre. Porém, se você criar um cluster de Kubernetes com mais do que um provedor, você encontrará diferenças nas seguintes áreas:

  • Ambientes;
  • Experiências;
  • Datacenters;
  • Times de operação com conjuntos variados de habilidades.

Se você usa a versão mais recente do Kubernetes na IBM Cloud – que alguns dos outros provedores de nuvem não suportam – isso pode resultar em inconsistências que o seu time de operações terá que lidar.

Algumas soluções de gerenciamento de multicloud alegam possuir um único painel de controle para endereçar este desafio. A verdade é que estas plataformas permitem que você controle as operações de seus clusters de Kubernetes, mas não gerencia completamente as operações específicas do provedor de nuvem, onde seu cluster é executado. Para tarefas como modificar os papéis de acesso ou restrições de segurança, você terá de navegar para os painéis individuais de operação dos vários provedores de nuvem, para promover estes ajustes.

Em contraste, com uma nuvem distribuída, você pode continuar a usar ambientes multicloud e acessar os recursos não interessando onde estejam – tudo a partir de um único painel de controle em uma nuvem.

Você pode utilizar nuvem distribuída para múltiplas tarefas, incluindo as seguintes atividades:

  • Criar e implementar clusters de Kubernetes;
  • Monitorar o ambiente;
  • Fazer atualizações de segurança naquela nuvem.

As maiores vantagens incluem:

  • Consistência: uma única localização central para gerenciar os recursos computacionais em qualquer lugar;
  • DevOps: a habilidade de lidar com todos os seus clusters de maneira uniforme quando estiver implementando suas aplicações;
  • Governança: conformidade com preocupações regulatórias tais como GDPR (General Data Protection Regulation) ao implementar uma política de forma consistente através de todos os seus ambientes.

Adicionalmente, as nuvens distribuídas podem ser utilizadas por outros serviços além do Kubernetes, incluindo o Red Hat OpenShift e plataformas do tipo serverless.

Descubra mais sobre nuvem distribuída através do artigo “Understanding Distributed Cloud Architecture: The Basics”.

Saiba mais

Na segunda parte deste artigo, discutiremos como que as nuvens distribuídas trabalham com a computação de borda (edge computing).

Aprenda mais sobre a versão IBM da nuvem distribuída, chamada IBM Cloud Satellite.

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